19 dezembro 2011

Bento XVI aos encarcerados: "Os presos são pessoas humanas que merecem ser tratadas como respeito e dignidade"

O Papa Bento XVI, neste último domingo de Advento, deixou nesta manhã o Vaticano para realizar uma visita ao novo Complexo da Penitenciária de Rebibbia, na periferia de Roma. Na estrutura de detenção, o encontro com os encarcerados teve lugar na Igreja do Pai Nosso. Nesta ocasião, o Papa respondeu algumas perguntas dos detentos e na conclusão abençoou uma árvore plantada diante da igreja como recordação da visita. Cerca de 300 pessoas estiveram presentes no encontro.

Um evento muito esperado pelos detentos e pelos funcionários do cárcere, levando em consideração que a vida dentro dos institutos penais na Itália piorou sensivelmente nos últimos anos por causa da superlotação, da falta de funcionários, e da excessiva presença de estrangeiros e de pessoas provenientes das camadas mais baixas da sociedade, e do corte de verbas destinadas à gestão das estruturas penitenciárias.

No seu discurso aos presos do Papa antes de tudo falou da sua alegria e emoção em visitar os detentos, visita que se realiza a poucos dias do Natal.

“Estava na prisão e vieste me visitar” (Mt 25,36). As palavras do juízo final, narradas pelo evangelista Mateus, exprimem em plenitude o sentido da minha visita de hoje entre vocês. Portanto, onde se encontra um faminto, um estrangeiro, um doente, um encarcerado, ali se encontra Cristo mesmo que espera a nossa visita e a nossa ajuda. Essa é a razão principal que me deixa feliz em estar aqui, para rezar, dialogar e escutar”.

O próprio Filho de Deus, o Senhor Jesus – continuou o Papa – fez a experiência do cárcere, foi submetido a um julgamento diante de um tribunal e padeceu a mais feroz condenação, a pena de morte. Recordando a sua recente viagem ao Benin, durante a qual assinou a Exortação Apostólica Pós-sinodal Africae munus (O compromisso da África) o Santo Padre destacou um trecho do documento no qual reafirma a atenção da Igreja pela justiça nos Estados:

“É preciso também banir os casos de erro da justiça e os maus tratos aos prisioneiros, as numerosas ocasiões de não aplicação da lei, que correspondem a uma violação dos direitos humanos, e as detenções que só tardiamente ou nunca chegam a um processo. A Igreja reconhece a sua missão profética junto de quantos acabam envolvidos pela criminalidade, sabendo da sua necessidade de reconciliação, de justiça e de paz . Os presos são pessoas humanas que, apesar do seu crime, merecem ser tratadas com respeito e dignidade; precisam da nossa solicitude”. (n.83)

A justiça humana e a divina – continuou Bento XVI – são muito diversas. Certamente, os homens não são capazes de aplicar a justiça divina, mas devem pelo menos olhar para ela, procurar colher o espírito profundo que a anima, para que ilumine também a justiça humana, para evitar – como ocorre certas vezes – que o preso se torne um excluído. Deus, de fato, é Aquele que proclama a justiça com força, mas que, ao mesmo tempo, cura as feridas com o bálsamo da misericórdia.

Justiça e misericórdia, justiça e caridade, preceitos da doutrina social da Igreja, são duas realidades diferentes somente para nós homens - disse ainda o Papa -, que distinguimos atentamente um ato justo de um ato de amor.

“Justo para nós é “o que é devido ao outro”, enquanto misericordioso é o que é doado por bondade. E uma coisa parece excluir a outra. Mas para Deus não é assim: n’Ele justiça e caridade coincidem; não há uma ação justa que não seja também ato de misericórdia e de perdão e, ao mesmo tempo, não existe uma ação misericórdiosa que não seja perfeitamente justa”.

Quão longe é a lógica de Deus da nossa! – sublinhou o Papa. E como é diferente do nosso modo o seu modo de agir! O Senhor nos convida a colher e observar o verdadeiro espírito da lei, para lhe dar pleno cumprimento no amor para aqueles que necessitam. “Pleno cumprimento da lei é o amor", escreve São Paulo: a nossa justiça será mais perfeita, se animada pelo amor a Deus e ao próximo.

O Papa destacou em seguida que o sistema de detenção gira em torno de dois pontos principais, ambos importantes: por um lado, proteger a sociedade contra eventuais ameaças, de outro reintegrar quem errou, sem pisotear a dignidade e excluí-lo da vida social. Ambos os aspectos têm a sua relevância e não devem criar um "abismo" entre a realidade na prisão e aquela pensada pela lei, que prevê como um elemento chave a função reeducadora da pena e o respeito dos direitos e da dignidade das pessoas. A vida humana pertence somente a Deus, que nos deu, e não é abandonada à mercê de ninguém, nem mesmo ao nosso livre arbítrio! Somos chamados a preservar a pérola preciosa da nossa vida e a dos outros.

O Papa sublinhou ainda que a superlotação e a degradação das prisões podem tornar ainda mais amarga a detenção: recebi várias cartas de presos que sublinham isso. É importante que as instituições promovam uma cuidadosa análise da situação da prisão hoje, verifiquem as estruturas, os recursos, o pessoal, de modo que os prisioneiros não cumpram jamais "uma dupla pena"; é importante promover um desenvolvimento do sistema carcerário, que respeitando a justiça, seja cada vez mais adequado às necessidades da pessoa humana, com a utilização também de penas não detentivas ou a modalidades diferentes de detenção.

O Papa conclui suas palavras recordando que celebramos o quarto domingo do tempo de Advento. O Natal do Senhor está próximo, e fez votos de que reacenda de esperança e de amor os corações. O Menino de Belém será feliz quando todos os homens retornarem a Deus com o coração renovado. “Vamos pedir-lhe no silêncio e na oração sermos todos liberados da prisão do pecado, da soberba e do orgulho; cada um tem necessidade de sair desta prisão interior para ser verdadeiramente livre do mal, das angústias e da morte. Somente aquele Menino deitado na manjedoura é capaz de doar a todos essa plena libertação!.

O Papa concluiu dizendo que a Igreja apoia e encoraja todos os esforços para garantir a todos uma vida digna e que está próxima a cada um deles, às suas famílias, aos seus filhos, aos seus jovens, aos seus anciãos e todos leva no coração diante de Deus. (SP)

Roma, 18 de Dezembro de 2011.

22 outubro 2011

Ofício de Leituras do Beato João Paulo II, Papa

BEATO JOÃO PAULO II, PAPA
Carlos José Wojtyła nasceu em 1920 no lugar de Wadowice na Polónia. Ordenado sacerdote, continuou os seus estudos teológicos em Roma, depois dos quais regressou ao seu paíz onde exerceu diversos cargos pastorais e universitários. Foi nomeado bispo auxiliar de Cracóvia, e em 1964 Arcebispo do mesmo lugar. Tomou parte no Concílio Ecuménico Vaticano II. Eleito Papa a 16 de Outubro de 1978, com o nome de João Paulo II, distinguiu-se pela extraordinária solicitude apostólica, em particular para com as famílias, os jovens e os doentes, o que o levou a realizar numerosas visitas pastorais a todo o mundo. Entre os muitos frutos mais significativos deixados em herança à Igreja, destaca-se o seu riquíssimo Magistério e a promulgação do Catecismo da Igreja Católica e do Código de Direito Canónico para a Igreja latina e oriental. Morreu piedosamente, em Roma, a 2 de Abril de 2005, na Vigilia do II Domingo de Páscoa ou da Divina Misericórdia.
Do Comum dos pastores da Igreja: para um Papa.
Ofício de leitura
Segunda leitura
Da homilia do beato João Paulo II, papa, no início do seu pontificado
(22 de Outubro de 1978: A.A.S. 70 [1978], pp. 945-947)
Não tenhais medo! Abri as portas a Cristo!
Pedro veio para Roma! E o que foi que o guiou e o conduziu para esta Urbe, o coração do Império Romano, senão a obediência à inspiração recebida do Senhor? Talvez aquele pescador da Galileia nuna tivesse tido vontade de vir até aqui. Talvez tivesse preferido permanecer, lá onde estava, nas margens do lago da Galileia, com a sua barca e com as suas redes. Mas, guiado pelo Senhor e obediente à sua inspiração, chegou até aqui!
Segundo uma antiga tradição, durante a perseguição de Nero, Pedro teria tido vontade de deixar Roma. Mas o Senhor interveio: veio ao seu encontro. Pedro, dirigindo-se ao Senhor perguntou: "Quo vadis, Domine?” (Aonde vais, Senhor?). E o Senhor imediatamente lhe respondeu: "Vou para Roma, para ser crucificado pela segunda vez". Pedro voltou então para Roma e aí permaneceu até à sua crucifixão.
O nosso tempo convida-nos, impele-nos e obriga-nos a olhar para o Senhor e a imergir-nos numa humilde e devota meditação do mistério do supremo poder do mesmo Cristo.
Aquele que nasceu da Virgem Maria, o filho do carpinteiro – como se considerava –, o Filho de Deus vivo, como confessou Pedro, veio para fazer de todos nós “um reino de sacerdotes” .
O Concílio do Vaticano II recordou-nos o mistério deste poder e o facto de que a missão de Cristo – Sacerdote, Profeta, Mestre e Rei – continua na Igreja. Todos, todo o Povo de Deus participa desta tríplice missão. E talvez que no passado se pusesse sobre a cabeça do Papa o trirregno, aquela tríplice coroa, para exprimir, mediante tal símbolo, que toda a ordem hierárquica da Igreja de Cristo, todo o seu "sagrado poder" que nela é exercido não é mais do que serviço; serviço que tem uma única finalidade: que todo o Povo de Deus participe desta tríplice missão de Cristo e que permaneça sempre sob a soberania do Senhor, a qual não tem as suas origens nos poderes deste mundo, mas sim no Pai celeste e no mistério da Cruz e da Ressurreição.
O poder absoluto e ao mesmo tempo doce e suave do Senhor corresponde a quanto é o mais profundo do homem, às suas mais elevadas aspirações da inteligência, da vontade e do coração. Esse poder não fala com a linguagem da força, mas exprime-se na caridade e na verdade.
O novo Sucessor de Pedro na Sé de Roma eleva, neste dia, uma prece ardente, humilde e confiante: “Ó Cristo! Fazei com que eu possa tornar-me e ser sempre servidor do teu único poder! Servidor do teu suave poder! Servidor do teu poder que não conhece ocaso! Fazei com que eu possa ser um servo! Mais ainda: servo de todos os teus servos.”
Irmãos e Irmãs! Não tenhais medo de acolher Cristo e de aceitar o Seu poder!
Ajudai o Papa e todos aqueles que querem servir Cristo e, com o poder de Cristo, servir o homem e a humanidade inteira!
Não tenhais medo! Abri antes, ou melhor, escancarai as portas a Cristo! Ao Seu poder salvador abri os confins dos Estados, os sistemas económicos assim como os políticos, os vastos campos de cultura, de civilização e de progresso! Não tenhais medo! Cristo sabe bem "o que está dentro do homem". Somente Ele o sabe!
Hoje em dia é frequente o homem não saber o que traz no interior de si mesmo, no mais íntimo da sua alma e do seu coração, Frequentemente não encontra o sentido da sua vida sobre a terra. Deixa-se invadir pela dúvida que se transforma em desespero. Permiti, pois – peço-vos e vo-lo imploro com humildade e com confiança – permiti a Cristo falar ao homem. Somente Ele tem palavras de vida; sim, de vida eterna.

Responsório

R/. Não tenhais medo: o Redentor do homem manifestou o poder da cruz dando a sua vida por nós! * Abri, escancarai as portas a Cristo!

V/. Somos chamados na Igreja a participar no seu poder. * Abri, escancarai as portas a Cristo!

Oração

Ó Deus, rico de misericórdia, que escolhestes o beato João Paulo II para governar a Vossa Igreja como papa, concedei-nos que, instruídos pelos seus ensinamentos, possamos abrir confiadamente os nossos corações à graça salvífica de Cristo, único Redentor do homem. Ele que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

06 outubro 2011

A Peregrinação da Cruz da JMJ - Parte V


No ano 2000, a Cruz continuou a sua peregrinação jubilar pela Itália: na última etapa foi levada nas costas de Mântua a Roma por um grupo de 200 jovens, que logo entreguaram aos delegados do Fórum Internacional da Juventude com as seguintes palavras: "Durante o caminho nos enamoramos profundamente por esta Cruz ... mas estamos muito feliz em dá-la porque esta cruz não é nossa, é a Cruz de todos e para todos. Também entendemos que este gesto é para nós o último ato da nossa peregrinação, mas também o início de uma nova vida, em que a Cruz não é apenas um pedaço de madeira, mas uma cruz que todos os dias devemos levar conosco "(12 de agosto, 2000). Em seguida, a cruz foi levada para a Praça de São Pedro para a abertura da XV Jornada Mundial da Juventude, celebrado com um dos maiores encontros já vistos: entre 15 e 20 de agosto de 2000, a Cruz foi protagonista de uma impressionante via crucis, que veio através do Fórum Romano até ao Coliseu, uma infinitude de jovens se aproximaram do sacramento da reconciliação no Circus Maximus, e mais de dois milhões de pessoas participaram da Missa de encerramentol realizada pelo Santo Padre em Tor Vergata.
Em 2001, novamente na Praça de São Pedro para a celebração da XVI Jornada Mundial da Juventude na diocese de Roma, a cruz foi entregue por uma delegação de jovens italianos a uma delegação de jovens do Canadá. Cruzando o Atlântico mais uma vez, a Cruz começou sua longa jornada através do vasto território canadense, viajando em aviões privados ou de linha, realizada em trenós, transportados por guindastes, tratores, barcos, vela e pesca, foi visitar as paróquias, os jovens nas prosões, escolas, universidades, monumentos nacionais, shopping centers, centro de ruas, parques e bairros durante a noite.
Em 2002, Cruz continuou a sua viagem pelo Canadá, interrompida por três dias em fevereiro, ao ser levada para Ground Zero, em Nova York, como um sinal de esperança para o povo dos Estados Unidos logo após a tragédia de 11 de setembro. Em seguida, Cruz voltou para o Canadá. Em 28 de abril um grupo de jovens em Ontário e Quebec (chamado de "portageurs ') partiram da Catedral Montreal, Maria Regina Mundi, sendo levada a pé a Toronto, em uma peregrinação que durou 43 dias: onde quer que parasse nesta viagem, a Cruz atraia muitas pessoas, chegando a tocá-la e abraçá-la, orando fervorosamente. Em Toronto, a Cruz ficou com jovens durante toda a XVII Jornada Mundial da Juventude, e estava no centro de todas as celebrações principais. Estas são as palavras do Papa durante a cerimônia de boas-vindas em Toronto: "É caminhando com Cristo que podereis encontrar a verdadeira alegria! Precisamente por esta razão Ele tem nos repetido sua mensagem de alegria: "Bem-Aventurados...'. Acolhendo agora sua Cruz gloriosa, aquela Cruz que junto aos jovens tem percorrido as ruas do mundo, deixem ecoar nas profundezas do seu coração a sua palavra consoladora e comprometedora: "Bem-aventurados ..." (25 de julho de 2002).
Após a Jornada Mundial em Toronto, Cruz voltou para a Europa, onde foi trasladada para a República Checa até o final do ano.
Entre 21 de Março e 05 de abril de 2003 a Cruz esteve na Irlanda, voltando a tempo para o Domingo de Ramos, no dia em que jovens canadenses deram aos jovens da Alemanha, sede do próximo encontro mundial. No final da missa do Domingo de Ramos, João Paulo II queria dar aos jovens uma cópia do ícone de Maria, Salus Populi Romani, " Entrego também à delegação vinda da Alemanha o Ícone de Maria. Daqui em diante, juntamente com a Cruz, ele acompanhará as Jornadas Mundiais da Juventude. Eis a tua Mãe! Será sinal da presença materna de Maria ao lado dos jovens, chamados, como o apóstolo João, a acolhê-la na sua vida. "(Angelus, XVIII Jornada Mundial da Juventude, 13 de abril de 2003). Esta cópia do ícone, cuja versão original é mantido na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, era uma figura de destaque durante a celebração da JMJ 2000, em Tor Vergata. Ao lado da cruz, agora está viajando por vários países...

Conselho Pontifício para os Leigos, julho de 2003

05 outubro 2011

A Peregrinação da Cruz da JMJ - Parte IV


No Domingo de Ramos de 1994, durante a celebração da IX Dia Mundial da Juventude, na diocese de Roma, na Praça de San Pedro, uma delegação de jovens dos Estados Unidos passou a Cruz a uma delegação de jovens das Filipinas; de fato, o Santo Padre disse em Denver: "A Cruz do Ano Santo no levará a um encontro com o povo generoso e cheio de fé das Filipinas" (15 de agosto, 1993). Então a Cruz partiu para as Filipinas, onde ela realizou uma longa peregrinação por 79 dioceses do país, movendo-se de barco, sendo carregada por jovens ou qualquer outro meio de transporte disponível.
Em janeiro de 1995 foi realizado um novo Encontro Mudial de Jovens com o Papa por ocasião do X Jornada Mundial da Juventude. La Cruz foi levada para a cidade alguns dias antes da celebração. Durante a vigília da tarde de sábado, o Santo Padre se expressou desta maneira: "A Cruz Peregrina passa deum continente para outro e os jovens de toda parte se reúnem para testemunhar juntos que Jesus Cristo é o mesmo para cada um, e sua mensagem é sempre a mesma. Nele não há divisões, não há rivalidades étnicas e discriminação social. Todos são irmãos e irmãs na única família de Deus "(14 de janeiro, 1995). Depois a Cruz das Jornadas Mundiais da Juventude voltou para a Itália, onde se dirigiu a várias cidades e santuários.
A cruz foi, então, entregue por um grupo de jovens filipinos a um grupo de jovens franceses no Domingo de Ramos de 1996, durante a celebração do XI Dia Mundial da Juventude na diocese de Roma, na Praça de San Pedro. Estas foram as palavras do Papa: "Abraçar neste dia a Cruz, passá-la de mão em mão, é um gesto eloqüente. É como se dissessemos: 'Senhor, não quero estar contigo somente no momento do 'Hosana', mas com sua ajuda, nós queremos acompanhar-te na Via Crucis como fez Maria, Tua e nossa Mãe, e o apóstolo João "(31 Março de 1996). Logo depois a juventude francesa levou a cruz ao seu país, onde ela fez sua entrada triunfal na Catedral de Chartres, estando presente na missa vespertina do Domingo de Ramos. Assim começou uma nova peregrinação que a levou a visitar 90 dioceses e movimentos, também na Alemanha e na Holanda. Desta vez, na Alemanha ele foi para Berlim, onde o Papa teve um encontro com a juventude local, a Cruz ficou a noite toda com os jovens, reunidos em oração.
Em 1997, Cruz continuou a sua viagem através da França e países vizinhos (a Áustria, em janeiro, na Bélgica, em abril), chegando a Paris no mês de Agosto para a XII Jornada Mundial da Juventude, onde mais uma vez se realizou o Encontro Mundial da Juventude com o Papa. Em seguida, ela retornou a Roma.
Em 1998, durante a celebração da XIII Jornada Mundial da Juventude, na diocese de Roma, na Praça de São Pedro, uma delegação francesa entregou a Cruz aos jovens da delegação de jovens italianos. A próxima Jornada Mundial terá lugar em Roma, durante o ano jubilar. Em sua homilia do Domingo de Ramos, João Paulo II disse: "Caros jovens, hoje a mensagem da Cruz é reproposta a vós. A vós, que sereis os adultos do terceiro milénio, é confiada esta Cruz que precisamente daqui a pouco será entregue por um grupo de jovens franceses a uma representação da juventude de Roma e da Itália. De Roma a Buenos Aires; de Buenos Aires a Santiago de Compostela; de Santiago de Compostela a Czéstochowa; de Jasna Góra a Denver; de Denver a Manila, de Manila a Paris, esta Cruz peregrinou com os jovens de um país para outro, de um Continente para outro. Jovens cristãos, a vossa opção é clara: descobrir na Cruz de Cristo o sentido da vossa existência e a fonte do vosso entusiasmo missionário."(5 de abril de 1998). Após a celebração, a Cruz começou a viajar por toda a Itália.
Em 1999, continuando sua viagem através da Itália em Torino a Cruz parou para o Domingo de Ramos (14 de março) e participou de um encontro de jovens através de conexão televisiva com a Praça de São Pedro para o Angelus, com o Santo Padre. No mês de maio se encontrava em Ancona quando o papa foi visitar a cidade. A primeira etapa propriamente jubilar foi realizada em torno da Cruz em 14 de setembro em Roma na Basílica de Santa Croce de Jerusalém.

Conselho Pontifício para os Leigos

04 outubro 2011

A Peregrinação da Cruz da JMJ - Parte III


Em 1989, a Cruz circulou por várias dioceses dos Países Baixos, em agosto, ela foi para a Espanha, a Santiago de Compostela para o IV Dia Mundial da Juventude, que viu um novo encontro de jovens do mundo inteiro com o Papa. Ali estava no meio da multidão, com jovens de San Lorenzo, para saudar o papa, na tarde da vigília. Na manhã seguinte para a Missa, foi colocado em um local mais central.
Em outubro, a Cruz visitou pela primeira vez o continente asiático, rumo a Seul (Coréia) para o Congresso Eucarístico Internacional.
Em 1990, Cruz foi levada para a V Jornada Mundial da Juventude na diocese de Roma no Domingo de Ramos. Voltou duas vezes para o continente americano: México e Estados Unidos. Ela também visitou a França, Alemanha e Itália.
Em agosto de 1991, durante a VI Jornada Mundial da Juventude, a Cruz foi com os jovens em Czestochowa (Polónia) para participar do novo Encontro Mundial com o Papa. Mais uma vez o Papa chamou a atenção dos jovens sobre a Cruz: "No meio de nós que estamos em vigília, está a parada a Cruz. Vocês trouxeram até aqui esta Cruz e a ergueram no centro da nossa assembléia. [...] A Cruz é sinal do amor inefável divino. É o sinal que mostra que 'Deus é amor "(cf. 1 Jo 4:8) (14 de agosto de 1991). A Cruz, em seguida, visitou a Alemanha e Suíça.
No Domingo de Ramos de 1992, durante a celebração do VII Dia Mundial da Juventude, na diocese de Roma, a Cruz foi confiada aos jovens dos Estados Unidos, onde ocorreria o próximo encontro mundial. Durante o Angelus, o Papa disse: "Que a Cruz do Ano Santo - árvore da vida! – que agora passa das mãos de jovens poloneses às mãos dos jovens dos Estados Unidos, os acompanhará no seu caminho de preparação "(12 de abril de 1992). Antes de iniciar sua viagem ao redor das dioceses dos EUA, a cruz foi levada para a Austrália, onde os jovens também queriam hospedá-la, mesmo que apenas por um curto período.
Em 1993, a Cruz começou sua turnê pelos EUA, presidindo celebrações, reuniões, convenções e romarias por todo o país. Mais tarde ele foi levada para o Encontro Mundial da Juventude com o Papa, realizada em Denver para o oitavo Dia Mundial da Juventude. O Santo Padre disse aos jovens ali reunidos: "Siguam a Cruz peregrina, caminhe em busca de Deus, porque podeis vós encontrá-lo também no coração de uma cidade moderna" (12 de agosto, 1993). Cruz continuou a sua viagem através dos Estados Unidos até o final daquele ano.

Conselho Pontifício para os Leigos

03 outubro 2011

A Peregrinação da Cruz da JMJ - Parte II


Em janeiro de 1985, em resposta ao pedido do Papa, um grupo de jovens alemães levou a Cruz a Praga. O ano de 1985 foi proclamado pela ONU Ano Internacional da Juventude, no Domingo de Ramos mais de 300.000 jovens participaram da reunião com o Papa na Praça de São Pedro, e a Cruz estava com eles. Naquele ano, a cruz foi levada a vários países europeus: Itália, França, Luxemburgo, Irlanda, Escócia, Malta e Alemanha, em cada um desses lugares, a cruz levada em peregrinação, foi protagonista das Via Crucis sendo conduzinda pelas ruas das cidades se fazendo presente em diversos encontros de jovens. Em dezembro de 1985 o Papa João Paulo II anunciou que a partir do próximo Domingo de Ramos ocorreria a cada ano uma Jornada Mundial da Juventude [1].
Em 1986, a Cruz esteve presente na celebração do primeiro Dia Mundial da Juventude na diocese de Roma, realizado na Basílica de São João de Latrão no Domingo de Ramos. Para a Cruz foi um ano cheio de andanças e encontros na Itália, França e Suíça.
O ano de 1987 foi o ano do Segundo Dia Mundial da Juventude, realizada em Buenos Aires (Argentina), reunindo pela primeira vez, jovens de todo o mundo. Foi também a primeira vez que Cruz entrou no continente americano, para onde foi levada poucos dias antes das celebrações. O Santo Padre recordou aos jovens às origens da Cruz, "Preside nosso encontro de hoje a grande Cruz que iniciou todas as cerimônias do Ano Santo da Redenção, e que no Domingo de Páscoa dei a um grupo de jovens ..." ( 11 de abril de 1987). A Cruz voltou depois para a Europa para alguns encontros de jovens na Alemanha (Munique, em maio, Stuttgart, em setembro), França e Grécia. Foi também ao Sínodo dos Bispos realizado em Roma em outubro.
Em 1988, após a conclusão do Terceiro Dia Mundial da Juventude na diocese de Roma no Domingo de Ramos, a Cruz foi levada para a Alemanha e França. Depois cruzou novamente o Atlântico, desta vez dirigindo-se à Steubenville nos Estados Unidos.

Conselho Pontifício para os Leigos

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