29 outubro 2007

Novos Mártires

498 fiéis martirizados na perseguição religiosa durante a Guerra Civil Espanhola (1934-1939), foram elevados à glória dos altares.

Dois bispos, 24 sacerdotes diocesanos, 462 membros de Institutos de Vida Consagrada (religiosos), um diácono, um subdiácono, um seminarista e sete leigos, homens e mulheres. O mais novo tinha 16 anos, o mais velho, 78.

A cerimônia de beatificação foi presidida pelo cardeal português José Saraiva Martins, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, e concelebrada pelos bispos espanhóis presentes em Roma, pelos superiores gerais das ordens religiosas e por mais de mil sacerdotes diocesanos e religiosos, na presença de 2.500 familiares dos mártires e cerca de 30 mil pessoas.

“Os mártires não alcançaram a glória apenas para si mesmos. O seu sangue, que embebeu a terra, foi sulco que produziu fecundidade e abundância de frutos” – disse o cardeal Saraiva Martins, na homilia da missa de beatificação. “Este tão numeroso grupo de bem-aventurados - ressaltou o Prefeito da Congregação das Causas dos Santos - manifestou seu amor a Jesus Cristo até ao martírio; sua fidelidade à Igreja católica e a sua intercessão junto a Deus, por todo o mundo. Antes de morrer, eles perdoaram aos que os perseguiram, mais ainda, rezaram por eles”.

O cardeal recordou o convite lançado por João Paulo II para que a memória dos mártires seja conservada:

“Se se perdesse a memória dos cristãos que sacrificaram a vida para confessar a fé, o tempo presente, com seus projetos e ideais, seria privado de uma preciosa componente, já que os grandes valores humanos e religiosos não se fortaleceriam com um testemunho concreto, escrito na história” – afirmou o cardeal.

Após a cerimônia, ao meio-dia, da janela dos seus aposentos, Bento XVI rezou a oração do Angelus com os fiéis, como o faz habitualmente aos domingos.

Em italiano, Bento XVI citou outras beatificações deste mês de outubro: Albertina Berkenbrock, Emmanuel Gomez Gonzalez e Adilio Daronch (dia 20, no Brasil), Franz Jaegerstaetter (sexta-feira, na Áustria), e Celina Borzecka (ontem, em Roma).

“Seu exemplo testemunha que o batismo empenha os cristãos a participar com coragem na propagação do Reino de Deus, cooperando, se necessário, com o sacrifício da própria vida. É claro que nem todos são chamados ao martírio cruento. Há, porém um martírio incruento, que não é menos significativo, como o de Celina Borzecka, esposa, mãe de família viúva e religiosa, beatificada ontem, na Basílica de São João de Latrão, em Roma” – recordou Bento XVI.

Site: Rádio Vaticana

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