Uma das coisas
urgentes para o nosso tempo, com tamanhas transformações, está ligada
intimamente a essa verdade: “Redire ad cor” (Volta ao teu coração).
Estamos imersos
na cultura dos não valores, da não identidade. O relativismo é latente, a perda
de sentido de valor da vida, do ser, é algo que está mais presente. Não se tem
de modo singular e verdadeiro uma redescoberta do sentido de ser, de gente que
pensa per si, e de ao mesmo tempo da vontade de descobrir quem somos, o que
buscamos, o que queremos transformar e que sentido tem a vida de cada ser
humano.
Voltar ao
coração é fazer um caminho de redescoberta do sentido da vida, de valorizar os
gestos concretos de vida que exalam serenidade, e ao mesmo tempo, uma firme decisão
de ser gente que se entende em todos os sentidos, que se ama e não vive de uma
sombra de pessoas, de ideologias, mas constrói uma personalidade de livre
escolha, de acertadas lutas e com convicção dos valores que devem ser defendidos
e buscados incorporados à vida.
Uma dica para
busca da humanização dos homens é dada por Dom Juan, o iniciador de Carlos
Castañeda: “Quando fores te engajar em um caminho, pergunta a ti mesmo se esse
caminho possui um coração”.