21 dezembro 2010

O Sacerdócio no Catecismo II Parte

1562. «Cristo, a Quem o Pai santificou e enviou ao mundo, por meio dos
seus Apóstolos tornou os bispos, que são sucessores deles, participantes da sua
consagração e missão; e estes, por sua vez, transmitem legitimamente o múnus do
seu ministério em grau diverso e a diversos sujeitos na Igreja» (43). O seu
cargo ministerial foi transmitido em grau subordinado aos presbíteros, para que,
constituídos na Ordem do presbiterado, fossem cooperadores da Ordem episcopal para o desempenho perfeito da missão apostólica confiada por Cristo»
(44).
1563. «O ofício dos presbíteros, enquanto unido à Ordem episcopal,
participa da autoridade com que o próprio Cristo edifica, santifica e governa o
seu corpo. Por isso, o sacerdócio dos presbíteros, embora pressuponha os
sacramentos da iniciação cristã, é conferido mediante um sacramento especial, em
virtude do qual os presbíteros, mediante a unção do Espírito Santo, ficam
assinalados com um carácter particular e, dessa maneira, configurados a
Cristo-Sacerdote, de tal modo que possam agir em nome e na pessoa de Cristo
Cabeça» (45).
1564. «Os presbíteros, embora não possuam o pontificado supremo e
dependam dos bispos no exercício do próprio poder, todavia estão-lhes unidos na
honra do sacerdócio; e, por virtude do sacramento da Ordem, são consagrados, à
imagem de Cristo, sumo e eterno sacerdote (46), para pregar o Evangelho, ser
pastores dos fiéis e celebrar o culto divino como verdadeiros sacerdotes do
Novo Testamento
(47).
1565. Em virtude do sacramento da Ordem, os sacerdotes participam das
dimensões universais da missão confiada por Cristo aos Apóstolos. O dom
espiritual que receberam na ordenação prepara-os, não para uma missão limitada e
restrita, «mas sim para uma missão de salvação de amplitude universal, "até aos
confins da terra"» (48), «dispostos, no seu coração, a pregar o Evangelho em
toda a parte» (49).
1566. «É no culto ou sinaxe eucarística que, por excelência
exercem o seu múnus sagrado: nela, agindo na pessoa de Cristo e proclamando o
seu mistério, unem as preces dos fiéis ao sacrifício da cabeça e, no sacrifício
da Missa, tornam presente e aplicam, até à vinda do Senhor, o único sacrifício
do Novo Testamento, o de Cristo, o qual de uma vez por todas se ofereceu ao Pai,
como hóstia imaculada» (50). É deste sacrifício único que todo o seu ministério
sacerdotal tira a própria força (51).
1567. «Cooperadores esclarecidos da Ordem episcopal, sua ajuda e
instrumento, chamados para o serviço do povo de Deus, os presbíteros constituem
com o seu bispo um único presbyterium com diversas funções. Onde quer que
se encontre uma comunidade de fiéis, eles tornam de certo modo, presente o
bispo, ao qual estão associados, de ânimo fiel e generoso, e cujos encargos e
solicitude assumem, segundo a própria medida, traduzindo-os na prática do
cuidado quotidiano dos fiéis» (52). Os presbíteros só podem exercer o seu
ministério na dependência do bispo e em comunhão com ele. A promessa de
obediência, que fazem ao bispo no momento da ordenação, e o ósculo da paz dado
pelo bispo no final da liturgia de ordenação, significam que o bispo os
considera seus colaboradores, filhos, irmãos e amigos e que, em contrapartida,
eles lhe devem amor e obediência.
1568. «Os presbíteros, elevados pela ordenação à Ordem do
presbiterado, estão unidos entre si numa íntima fraternidade sacramental.
Especialmente na diocese, a cujo serviço, sob o bispo respectivo, estão
consagrados, formam um só presbitério» (53). A unidade do presbitério tem uma
expressão litúrgica no costume segundo o qual, durante o rito da ordenação
presbiterial, os presbíteros impõem também eles as mãos, depois do bispo.

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